segunda-feira, 28 de outubro de 2013



Sinestesia
A sinapse do verso

I

E a magia se faz na tinta derramada
O impulso se propaga verso a verso
Do choque nasce a beleza do universo
O desabrochar da ideia engendrada

A onda neuronal abala os sentidos,
Do cheiro da felicidade melancólica,
Da obscuridade da poesia pictórica,
À expressão dos sentimentos reprimidos

Eletroquimicamente se irradia,
Do estupor inerente à matéria fria,
A sinapse da imaterialidade mental

E o poeta redefine a realidade,
Do humano transmutado em divindade
Ao Deus metamorfoseado em mortal


Felipe Chads

P.S: Em uma ocasião qualquer, numa roda de violão, tentamos musicar esse poema. Você pode conferir o curioso resultado dessa empreitada clicando aqui.