Sinestesia
A sinapse do verso
E a magia se
faz na tinta derramada
O impulso se
propaga verso a verso
Do choque
nasce a beleza do universo
O
desabrochar da ideia engendrada
A onda neuronal
abala os sentidos,
Do cheiro da
felicidade melancólica,
Da obscuridade
da poesia pictórica,
À expressão
dos sentimentos reprimidos
Eletroquimicamente
se irradia,
Do estupor inerente
à matéria fria,
A sinapse da
imaterialidade mental
E o poeta
redefine a realidade,
Do humano
transmutado em divindade
Ao Deus
metamorfoseado em mortal
Felipe Chads
P.S: Em uma ocasião qualquer, numa roda de violão, tentamos musicar esse poema. Você pode conferir o curioso resultado dessa empreitada clicando aqui.